Muita gente já ouviu falar de “Pokémon”, a nomenclatura é abreviação para “Pocket Monster”, ou mostro de bolso.
Nas histórias, os treinadores tem que capturar os “monstrinhos” com “pokébolas”
e treina-los para batalhas com outros treinadores. O primeiro game inspirado na
história foi um par de jogos para o console portátil Game Boy, da Nintendo. De
lá pra cá muita coisa mudou e, em 2016, a Niantic lançou um novo jogo baseado
na franquia, o já fenômeno mundial, “Pókemon Go”. O jogo tem a mesma mecânica
do desenho que elevou personagens como Pikachu e seu treinador, Ash Ketchum, ao
estrelato, os usuários devem capturar os “pokémons” através de um mapeamento da
cidade, tendo auxílio da realidade aumentada.
Assim, pouco tempo após o lançamento, o game já tornou-se febre mundial. Segundo informou o jornal britânico “Financial Times”, nas cinco semanas após o lançamento os jogadores já gastaram cerca de US$ 268 milhões com o jogo de realidade aumentada. Entretanto, tornando-se um sucesso entre o público, o game divide opiniões sobre o seu mau ou bom uso. São muitas as pessoas que afirmam a inutilidade de um jogo como esse, porém, pelo fato de tirar de casa os “treinadores”, o game tem aderido pessoas que defendem seu uso.
Em análise feita por especialistas em saúde, o jogo apresenta prós e contras. Se por um lado o jogo favorece o aprendizado através do estímulo para o cérebro, sendo útil para acelerar as conexões nervosas e favorecendo o planejamento estratégico, pensamentos lógicos e a tomada de decisões no mundo virtual que podem ter reflexo também na vida real, por outro, pode prejudicar a visão e causar dores no pescoço e nas costas. Há quem defenda que o jogo não é prejudicial pois, através do mapeamento e da realidade aumentada, promove a interação social entre os usuários, fato que, hoje em dia, é raro. Entretanto, pelo fato de ter que sair de casa e percorrer as ruas para capturar os “monstrinhos”, os riscos relacionados à segurança entram em questão. O caso do garoto de 9 anos em Minas Gerais que foi baleado em frente sua casa enquanto jogava “Pokémon Go” exemplifica a questão.
Portanto vê-se que o jogo é uma “moda” que
está no seu ápice, após algum tempo de uso poderá se observar o assunto
perdendo espaço na mídia. Porém, os méritos devem ser dados a empresa criadora
do game, afinal, de uma forma ou de outra, o jogo contribuiu para a interação
de pessoas e, inclusive, fez com que jovens saíssem de suas casas e
percorressem as ruas, ajudando, assim, a prática, de certa forma indireta, de exercícios
físicos.